"O pior analfabeto é o analfabeto político.
Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão,
do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio
dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia
a política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta,
o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista,
pilantra, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo."
Nada é impossível de Mudar
"Desconfiai do mais trivial, na aparência singelo.
E examinai, sobretudo, o que parece habitual.
Suplicamos expressamente: não aceiteis o que é de
hábito como coisa natural, pois em tempo de desordem
sangrenta, de confusão organizada, de arbitrariedade consciente,
de humanidade desumanizada, nada deve parecer natural
nada deve parecer impossível de mudar."
Privatizado
"Privatizaram sua vida, seu trabalho, sua hora de amar e seu direito de pensar.
É da empresa privada o seu passo em frente,
seu pão e seu salário. E agora não contente querem
privatizar o conhecimento, a sabedoria,
o pensamento, que só à humanidade pertence." O Analfabeto político de Bertolt Brecht
Bertolt Brecht nos traz belíssima reflexão sobre a política. Quantas pessoas nos falam que odeiam política, quantas dessas pessoas sabem seu verdadeiro significado? Pior, muitas dessas pessoas são jovens. Jovens que desprezam a política e odeiam políticos que repetem a mesma máxima: “São todos iguais.” Ao falar que “são todos iguais” naturalizam os fatos, aquilo que Bordieu chamou de naturalização da história. Qual o peso do “são todos iguais”? Vemos todos os dias nos noticiários à falta de ética com o bem público. E o mais triste, ninguém se indigna, afinal “são todos iguais.”. Em um passado, não tão distante, o Brasil passou por uma ditadura. E parece que ainda não aprendemos o valor do voto consciente. Quando você vota está exercendo a cidadania, está contribuindo para a consolidação do Brasil como país democrático. Quanto mais conhecimento se tem mais caminhos possíveis nos é apresentado, mas se são “todos iguais” tanto faz...e nesse tanto faz estamos mergulhado nesse mar de corrupção. Imaginemos quantas pessoas morreram em nome de um ideal de liberdade política. Imaginemos quantas pessoas abriram mão de suas vidas para lutar por uma ideologia. Quantos de nós faríamos o mesmo? Onde foi parar todos os sonhos da geração de nossos pais? Já dizia Platão que “O castigo dos bons que não fazem política é ser governados pelos maus...”. Ligue a tevê, leia um jornal, olhe para a educação pública, este é o peso do “são todos iguais”. Abra um livro de história do período de 1864 à1885, aí você perceberá que não “são todos iguais”.
"Um povo de cordeiros sempre terá um governo de lobos."
ResponderExcluirConcordo...
ResponderExcluir