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Aqueles que não
conhecem a história estão fadados a admirarem apenas a superfície dos fatos, a
discuti-los sem reflexão, repetir discursos cristalizados e quem sabe até
ensiná-los. A história é uma ciência profunda que requer análises e leituras
profundas. A popularidade da história no cinema e novelas por vezes pode levar
o público mais leigo a uma análise superficial. Conhecer a história, portanto,
é mergulhar na imensidão de seu oceano e perceber que fatos não se constroem do
dia para a noite, que para que um grande império como Roma caísse foram
necessários anos e anos de pequenos acontecimentos que acumulados culminaram
com aquele fato. Quando a questão é a história do Brasil muitos fatos são
celebrados sem que haja uma análise mais historiográfica sobre os mesmos,
infelizmente ainda não conseguimos romper por completo o paradigma da decoreba
em nossas escolas, embora venhamos trabalhando muito encima disto, o que leva
superficialidade da comemoração de fatos tais como a Independência do Brasil
que segundo a história tradicional teria se dado no dia 7 de Setembro nas
margens do Rio Ipiranga por um valente príncipe. Em quais circunstâncias? Quem
de fato usufruiu desta independência? Qual a participação da população? Como a
imagem independência foi forjada e para servir quais interesses? Respostas para
tais perguntas só poderão ser respondidas mediante uma leitura (na falta de um
livro especializado um bom livro didático serve), porém a falta de leitura tem
levado a erros de análise gritantes não somente sobre o assunto em questão, mas
sobre tantos outros. Constantemente somos atacados, insultados e “refutados”
por pessoas sem a qualificação acadêmica necessária que têm a certezas absurdas
que nós com anos e anos de dedicação à ciência não ousamos ter.
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