“Eu sou um intelectual que não tem medo de ser amoroso, eu amo as
gentes e amo o mundo. E é porque amo as pessoas e amo o mundo, que eu brigo
para que a justiça social se implante antes da caridade.” Paulo Freire.
Sempre venho chamando
atenção para a sensibilidade na educação. Críticas a parte, é algo em que
acredito. Ainda somos humanos, e a educação é uma atividade que requer isto. Afinal
é uma profissão que envolve mais que repasse de conteúdos, envolve relações
humanas. Pelas salas de aula desse imenso país encontramos o mais variado público,
não números, mas pessoas que sentem medo, mágoa, amor, ódio. São seres humanos,
muitos não têm se quer uma pessoa que os sirva como referencial. Muitos não
estão ali para aprender, vem à escola como uma válvula de escape, a estes
ainda temos que ensinar a arte de aprender, e par isso devemos antes de sermos
educadores sermos gente. Já dizia Paulo Freire: " Me movo como educador, porque,primeiro, me movo como
gente.” Conhecimento é
importante, diria que fundamental na nossa sociedade, porém mais que cabeças-
pensantes precisamos seres humanos. Mais que mão de obra para o mercado,
precisamos de mão de obra para concertar o mundo. Não escondo meu desejo de ver
uma educação voltada para o humanismo. Utopia? Talvez, problemas existem?
Muitos. Mas todos estes problemas têm a mesma raiz: o egoísmo, ambição e
maldade dos homens, homens inteligentes, com conhecimento, mas sem nenhuma
sensibilidade. Então voltamos ao ponto inicial: precisamos de mais
sensibilidade. Precisamos de intelectuais românticos, porque não?
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