Arquivo Pessoal
Mudar é difícil, mas é possível. Paulo Freire
Das muitas lembranças, dos bons tempos de criança dos anos 90,
lembro-me do meu primeiro livro, a chave para um mundo encantado, maravilhoso. Não me recordo do título, mas já a história lembro-me bem: tratava-se de um Jacarezinho que morava no Rio Tietê e que arranjou um amigo humano (garoto).Na época não imagina onde se localizava o Rio
Tietê, mas viajei até ele. Foi a primeira de muitas viagens que fiz nas ondas
da leitura. Agradeço a meu pai por ter me iniciado neste mundo mágico. Confesso que foi o melhor presente que ele poderia ter me dado. Peço aos pais: deem livros à seus filhos, leiam para eles, levem-os à uma biblioteca, inciem seus pequenos nesse mundo. Pesquisas revelam o que o brasileiro ler pouco (média de 4 livros por ano), o que não é
nem uma surpresa. Algo cultural, herança de nossos colonizadores, o Brasil era
um lugar de aventuras como escreveu Sérgio Buarque de Holanda em “Raízes do
Brasil”, uma terra em que se vinha ganhar dinheiro, não investir em educação portanto está na raiz do Brasil.
Livros nunca foram nosso forte, mas apesar disso por aqui passaram grandes e
geniais escritores que contribuíram para a fomentação da leitura com seus escritos. Infelizmente poucos clássicos são conhecidos na integra pelo grande público. Cresce o números de computadores e eletrodomésticos entre a classe popular, mas nada se fala em relação a bibliotecas, ou aquisição de livros. Toda construção história pode ser desconstruída e este desinteresse
pelas letras também.
Monteiro Lobato em sua celebre frase diz que “Um pais de faz
com homens e livros.” Pois quem ler mais, ver mais, fala mais e melhor,
argumenta mais. Tudo que os detentores do poder não querem. Ler é praticar a liberdade. Como nos orientou Paulo
Freire. Não seremos livres enquanto formos somente o país do futebol e do carnaval.
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