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- O que está inventado agora? Perguntou a deusa do céu.
Depois de um longo silêncio, Thot ergueu a cabeça e disse:
-Estou terminando o calendário.
-Calendário? ...O que é isso?
- Uma inédita maneira de medir o tempo – disse o deus,
tornando –se finalmente receptivo. – Com
este sistema poderei ultrapassar o antiquado método de se contabilizar o tempo
por meio da mera alternância do dia e da noite.
In: As melhores histórias da mitologia egípcia.
O trecho acima é de um mito
egípcio onde a deusa do céu vai visitar a Thot, o mais sábio dos deuses. E se
depara com ele inventado o calendário. Lógico isto é um mito, e historicamente temos
outras explicações. Porém não venho hoje aqui para falar de história, vi falar do ano que se inicia. O calendário...ahh!!!!! o calendário!!!! sem ele o que seriam das esperanças. . Então lá vão alguns questionamentos? (não posso fugir disto). O que o dia de hoje
tem de diferente do dia de ontem? Para um simples observador praticamente nada.
Mas é incrível como a cada ano as esperanças se renovam, a cada minuto da
contagem regressiva. Ahhh esperança!!!! esse sentimento que nos impulsiona ,que
nos move, porque nós seres humanos somos assim: precisamos de esperança, de
sonhos, e quando os conquistamos, sonhamos outros e assim vamos, é como a
história das Utopias citada por Eduardo Galeano. Disse que não falaria em
história, mas não há como fugir...porque o tempo e a histórias são inseparáveis
e eu sou serva deles. São fascinantes.
Por isso se faz necessário uma reflexão sobre os dois antes de nos entregarmos
as rotinas de estudo e trabalho presentes em dias de não férias, não recesso, o
que o tempo fez com você? Sentiria orgulho de você se fossem seus pais? Se
fosse seus filhos? Como humanista acredito na sensibilidade humana como chave
da transformação, quem sabe até mudança social, já que muitos males produzidos,
hoje, pela humanidade poderiam ser evitados se usássemos a sensibilidade. Como seria um mundo governado pelos poetas? Ou
pelos filósofos, como sonhou Platão? Eu não sei, poderia ser melhor, ou não, é
justamente essa tentativa de pensar em outro modelo de sociedade, porque esta
está se desfalecendo diante de nossos olhos, que quero estingar. Mas como sempre falo: a mudança maior tem que
começar de dentro para fora, um, dois, três, daqui a pouco seremos muitos
gritando por mudança. E que esse ano novo seja um ano de grandes mudanças, que
sejamos mais sensíveis, mas que sejamos mais militantes pelas causas sociais. Brasil
vai precisar da gente, como eu sei? Olhando para o passado. Feliz ano novo aos leitores.
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